Dia 12

Uma noite de sorte. Há muito tempo, ou talvez nem tanto, eu não tinha uma noite tão agradável. Estar confortavelmente entorpecido faz uma diferença do caralho. Deixando de lado os meus devaneios, me levanto e bebo um mínimo de água. Tenho que racionar meus estoques. É hora de começar a busca, preparar para partir.



Como de costume, o dia é extremamente calmo e solitário. Algum desavisado, como eu fui, imaginaria ser um lugar seguro. A região da cidade em que eu estou, tem poucos lugares que eu ainda não procurei. Quase metade da manhã, perco andando até outra parte da cidade.

 Nos primeiros lugares encontro somente destruição. Lojas de conveniência explodiram junto com os postos. Em um shopping, que aparentemente sobreviveu ao fim do mundo, encontro várias lojas. O único problema é que parece que alguém chegou aqui antes de mim. Encontro poucas coisas aproveitáveis. Ao menos algumas roupas. As minhas estão quase acabadas.

Ao trocar de roupa, depois de alguns dias reparo em meu pé. Está com uma cara bem feia, mas a dor é pouca. Enquanto não cheirar mal, não vou me preocupar tanto. Encontro botas confortáveis e uma jaqueta em uma loja de caça. Encontro também um facão e uma corda. Nenhuma dessas coisas estava nas vitrines. Acho que, quem quer tenha passado, não olhou muito por aqui. Ainda no shopping, encontro comida enlatada. Pela data de validade, não sei dizer se está boa. Melhor que nada.

Até agora, nada de água. Definitivamente, eu não sou o único buscando por mantimentos.

Voltando a minha busca. Me deparo com uma loja de armas. Como era de se esperar, nenhuma funcionava. Guardo uma Desert Eagle .50, simplesmente por ser uma bela arma. Nos fundos da loja, dentro de uma geladeira, encontro duas garrafas de água.

Nesse tempo de busca, nem percebi o tempo passando. Já está quase anoitecendo. Tenho praticamente tudo que preciso, então, vou procurar abrigo.

Nem precisei me afastar muito. Encontro uma área residencial. Um dos prédios está praticamente intocado. Subo as escadas devagar, prestando muita atenção a qualquer som. O silêncio impera. Única coisa estranha é a limpeza. A maioria dos cômodos do segundo andar, não tem nenhum entulho ou sujeira.


A porta para o terceiro andar é de ferro e não consigo abri-lá. Procuro um quarto mais afastado, com uma janela. Os cantos do quarto, não podem ser vistos diretamente da porta. Me estabeleço em um deles. Hora de dormir.

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